
Uma madrugada para Jorge. Uma manhã também. Fogos ao longe e uma longa fila para mostrar sua reza. Uma jornalista para Jorge, ou duas. Ou nenhuma das duas era jornalistas. Ou eram sambistas fotógrafas que comigo encostaram. Um fotógrafo acompanhado de oração: eu. Samba, oração, organização, camelôs-bambas com santinhos, fitas, cordões, broches, faixas, toucas, anéis e tudo isso: junto ou separado, com cerveja, com devoto, com passantes, com policiais, com carros, com vermelho, com branco, sem as cores de Jorge, sem a curiosidade por Jorge, com São ou sem São na própria alma. Sentados, em ginga, com música e com ar apenas vibrando na imaginação, sem-nomes e os com sobrenome: todos ali -dentro e fora da foto- vivendo o dia de São Jorge. Vi velas acesas em torno da Igreja, entrei e vi o azul.
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