domingo, 2 de setembro de 2007

O caminho dos cães ferozes

Repousam falsamente em torno da torre os cães. Ferozes abrem os olhos, levantam e rosnam. Ferozes seguem atrás dos transeuntes. Não guardam apenas a torre, guardam a outra bifurcação do caminho. O trajeto é ascendente até ali e depois continua para a torre e há um caminho mais além que as feras não te deixam lembrar se desce ou sobe. A porteira está aberta e sem humanos próximos. Estão soltos e entregues ao humor. Motocicletas escapem desta estrada, transeuntes não permitam que os cães os avistem. Não corram deles e nem caminhem tranquilamente. Eles o seguirão e seu dono não os chamará de volta. As árvores ao redor não tem tocos onde se possa subir. A mureta dá para um abismo que eles rapidamente alcançam caso se tente subi-la e andar nela. Sua única chance é andar em passo rápido, a qualquer custo, e não enfrentá-los. Um revide chamará atenção dos outros que não te seguiram. Canse-os e peça ajuda aos carros, acenando, que não pararão pois não entenderão que corre perigo. Estará em diálogo permanente com a paciência. Desça até a cancela pois, quando neste ritmo atingi-la, eles retornarão pelo caminho quando parar e descansar.

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